Segundo notícia publicada no portal Cliquef5 (www.cliquef5.com.br), a equipe do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea/MT) e a equipe do Instituto Mato-grossense de Algodão (IMAmt) foram a campo na semana passada visitar algumas propriedades para verificar a existência da lagarta Helicoverpa armigera em Primavera do Leste.
De acordo com o engenheiro agrônomo do Indea, Thiago Augusto Tunes, já na primeira lavoura de algodão visitada foi verificada a presença de mariposas. “A equipe do IMAmt já havia instalado armadilhas na propriedade para capturar mariposas e, quando chegamos, encontramos várias no local”, afirma o agrônomo.
As mais características foram coletadas para análise assim como inúmeras lagartas. Segundo Tunes, para que seja realizado o laudo, o laboratório necessita da mariposa, então no mesmo dia a equipe do Indea/MT encaminhou as amostras para a Coordenadoria de Defesa Vegetal do Estado de Mato Grosso sediada em Cuiabá e esta tomará as providências necessárias.
Alguns produtores locais também encaminharam diversas pupas para que sejam analisadas. É necessário aguardar o resultado do laudo oficial, porém, o agrônomo entrevistado pela equipe do Jornal O Diário e Cliquef5 afirma que, de acordo com os laudos preliminares, já consta a presença da lagarta Helicoverpa armigera em várias propriedades de algodão e milheto primaverenses.
Enquanto o laudo oficial não é divulgado, os produtores poderão usar produtos registrados para outras pragas que podem atingir a lagarta, segundo Tunes. A partir da identificação oficial por meio do Indea/MT, os produtores que quiserem importar o produto agrotóxico que tem como ingrediente ativo único a substância benzoato de emamectina, que combate essa praga poderão fazer essa solicitação ao próprio órgão de defesa agropecuária em Mato Grosso.
A lagarta Helicoverpa armigera era uma praga quarentenária, ou seja, uma praga ausente no país, por isso não há nenhum produto registrado no mercado até então. Para que seja registrado um produto, é necessário um estudo aprofundado, o que leva de três a quatro anos, segundo o agrônomo do Indea/MT.
O uso de produto agrotóxico que tenha como ingrediente ativo único a substância benzoato de emamectina será autorizado para uso especial nessa safra até que outros produtos passem por todas as fases de registro.
As fases da lagarta são ovo, larva, pupa e mariposa; ela vive cerca de 40 dias, porém, é no período de 13 a 22 dias que ela se encontra no estágio de larva e prejudica a folhagem das plantações. Além das lavouras de algodão e milheto onde já foi constatada a presença da Helicoverpa armigera, outras hospedeiras são soja, milho, feijão, feijão caupi e sorgo, entre outras culturas produzidas na região. Também foi constatada a presença dessa espécie de lagarta em lavouras de milheto de Campo Verde, cidade vizinha a Primavera do Leste.