O quinto episódio da websérie produzida pelo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) retoma o tema nematoide, dando continuidade à abordagem iniciada pelo fitopatologista Rafael Galbieri. Se no episódio anterior Galbieri alertou para a incidência de nematoides em cerca de 35% das áreas de cultivo de algodoeiro em Mato Grosso, no novo vídeo o especialista fala exatamente sobre formas de manejo.
A cultura do algodão é considerada altamente suscetível aos fitonematoides, que são vermes de característica microscópica que sobrevivem basicamente no solo. De acordo com Galbieri, esses vermes parasitam as plantas – sobretudo órgãos subterrâneos (raízes) -, causando má formação em seus tecidos, o que dificulta o transporte de nutrientes.
“Por serem parasitas obrigatórios, os nematoides dependem da planta viva para sua alimentação, multiplicação e sobrevivência da espécie”, explica Galbieri. O problema é que a maior parte do cultivo do algodoeiro (mais de 85%) em Mato Grosso ocorre após o plantio da soja, o que faz com que esses parasitas têm alimento farto por mais tempo (250 dias), dificultando o seu manejo.
Mas o pesquisador aponta saídas para o problema que aflige a maioria dos produtores de algodão de Mato Grosso: No vídeo, ele fala sobre opções de manejo cultural (com a introdução do cultivo de plantas que não sejam hospedeiras), genético (com a utilização de variedades resistentes a nematoides tanto no cultivo da soja quanto do algodoeiro), químico (que reduz a população inicial de parasitas) e biológico. Esse último tipo de manejo é feito basicamente com fungos e bactérias, e vem crescendo bastante.
Contudo, na opinião de Galbieri, o mais importante é fazer o manejo integrado. “Erradicar os nematoides é impossível, mas integrando todos os métodos de manejo, é possível amenizar os problemas decorrentes da alta incidência de nematoides no solo”, garante o pesquisador do IMAmt.
Esse vídeo já está disponível nos sites institucionais do IMAmt (www.imamt.com.br) e da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (www.ampa.com.br), juntamente com outros episódios da websérie, que está sendo produzida pela TV1 Produtora, sob a supervisão da pesquisadora Patrícia de Andrade Vilela. O objetivo é trazer informações sobre os principais temas da cotonicultura de modo a auxiliar produtores e seus colaboradores a enfrentarem pragas e outros problemas recorrentes no dia a dia das lavouras
Clique aqui para conferir o vídeo do pesquisador Rafael Galbieri.