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IMAmt apresenta dados sobre plantas daninhas

 

Só quem trabalha no campo sabe o tamanho do problema causado pelas plantas daninhas às lavouras com o agravante do aumento na frequência de plantas daninhas resistentes ao controle químico, acarretando custos cada vez maiores. A resistência das plantas daninhas em áreas de cultivo do algodoeiro será o tema da reunião técnica que acontecerá nesta quinta-feira, em Primavera do Leste (a partir de 8h) e Campo Verde (a partir de 18h), duas regiões tradicionais na cultura algodoeira em Mato Grosso.

No encontro, o pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Edson R. de Andrade Junior, apresentará os dados do primeiro ano do projeto “Identificação e monitoramento de plantas daninhas resistentes em áreas algodoeiras em Mato Grosso”. Segundo o pesquisador, os dados são relativos às amostras (sementes de plantas daninhas resistentes) coletadas nas regiões de Primavera do Leste e Campo Verde (nos Núcleos Regionais Centro Leste e Norte). Na safra 2012/13, a coleta será realizada nas outras regiões produtoras de algodão no Estado (nos núcleos regionais Sul, Norte, Centro Norte, Médio Norte e Noroeste).

Durante a reunião técnica desta quinta-feira, os professores Anderson Cavenaghi (Univag) e Sebastião Carneiro Guimarães (UFMT) vão falar sobre as práticas de manejo indicadas para áreas infestadas por plantas daninhas resistentes e sugerir algumas práticas visando retardar o aparecimento do problema em áreas onde ele ainda não surgiu.

Segundo Edson R. de Andrade Júnior, o controle de plantas daninhas com uso de herbicidas é prática comum na agricultura e os agricultores acabam depositando confiança excessiva no controle químico das plantas daninhas. “O uso de herbicidas deve-se, principalmente ao fato de que o controle químico tem sido muito eficiente e possui custo atrativo, porém o uso indiscriminado de herbicidas propiciou o desenvolvimento de muitos casos de resistência a tais compostos por diversas espécies de plantas daninhas”, explica o pesquisador.

 O surgimento de plantas daninhas resistentes a herbicidas na cultura do algodoeiro são relatadas pela literatura em vários países.  O Brasil tem hoje cadastradas 20 espécies de plantas daninhas resistentes a herbicidas, sendo cinco delas com resistência múltipla. Em Mato Grosso, a resistência de plantas daninhas a herbicidas aumentou muito devido às falhas de controle observadas a campo e à ineficácia dos produtos tradicionalmente usados. “A falta de conhecimento do problema e das soluções disponíveis para seu enfrentamento tem sido as principais causas do fracasso no manejo das plantas daninhas resistentes aos herbicidas”, acrescenta Andrade Junior.

Embora o estado produza em torno 50% do algodão brasileiro, os cotonicultores ainda não dispunham de um projeto de apoio, com serviços de identificação de biótipos de plantas daninhas resistentes a herbicidas e recomendações para seu manejo até a aprovação do projeto “Identificação e monitoramento de plantas daninhas resistentes e difusão de práticas de manejo” na safra 2011/12. Realizado pelo IMAmt, em parceria com a Univag e a UFMT, e com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), o projeto tem como  objetivos identificar as plantas daninhas resistentes a herbicidas nas lavouras de algodão de Mato Grosso e  difundir  práticas de manejo para áreas com plantas daninhas resistentes, além de práticas de manejo para prevenir e/ou retardar o aparecimento do problema.

 

Serviço:

O que: Reunião técnica para apresentação dos dados do primeiro ano do projeto “Identificação e monitoramento de plantas daninhas resistentes e difusão de práticas de manejo”

Quando: nesta quinta-feira (28/02)

Onde: Unicotton, em Primavera do Leste (às 8h) e Cooperfibra em Campo Verde (às 18h)