Em missão internacional à China, o senador Blairo Maggi está tratando de vários assuntos de interesse do Brasil que estão pendentes nas relações entre os dois países. Na pauta internacional, além de debates que tentam amenizar as consequências da deficiente infraestrutura do país e a situação portuária do Brasil – como o cumprimento de prazos na entrega de mercadoria-, a comitiva brasileira também busca garantir junto ao Ministério da Agricultura da China uma unidade no uso de novas tecnologias para a produção de milho, soja e algodão.
Representante do Governo e Parlamento brasileiros, o senador explica que, nas reuniões que acontecem em parceira com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e Aprosoja, algumas pendências junto ao ministério daquele país estão sendo levantadas pela comitiva brasileira. O objetivo é atenuar algumas regras para uso de novas tecnologias agrícolas que têm prejudicado o mercado brasileiro.
“São questões de ordem prática. Quando dois países têm relações comerciais desse porte, como Brasil e China, é imperioso que estejam alinhados também na questão da tecnologia. Avançamos lá (Brasil) e muito, e precisamos que aqui o Governo chinês reconheça esses mecanismos para que não tenhamos prejudicadas novas opções de tecnologia de produção”, disse Maggi – ex-governador de Mato Grosso e primeiro presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA) –, que retornará de viagem na próxima semana (25/04).
O senador ressalta que as ligações comerciais com a China “rendem bons frutos ao Brasil”. “Atualmente, a economia do nosso país é bastante dependente dos preços das commodities no mercado mundial e temos a China como principal destino. De 2005 a 2012, por exemplo, aquele país acumulou importações de US$ 16,410 bilhões em produtos somente de Mato Grosso, assumindo isoladamente o lugar de nosso principal 'cliente'”, frisou.
Maggi embarcou na última segunda-feira (15.04) na tentativa de estreitar o canal de comercialização com empresários do gigante asiático. Para tal, constam na agenda oficial visitas a escritórios de negócios com intuito de discutir o mercado internacional.
A China já ocupa quase 100% de seu território agricultável, e por isso depende das importações de commodities para sustentar uma população estimada em mais de 1 bilhão de pessoas. Entre os principais produtos exportados para o mercado chinês estão a soja, o milho, algodão, couros bovinos e madeiras.