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Pró-Logística visita portos do Norte do País

Uma equipe composta por representantes do, Movimento Pró-Logística, do Centro de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq-LOG) e da Aprosoja visitará alguns portos da Região Norte do país na última semana de julho. O objetivo é conhecer de perto a situação atual, entraves e as possibilidades oferecidas pelos portos de Porto Velho (RO), Manaus e Itacoatiara no Amazonas. A expedição é a segunda da rodada técnica para identificar os gargalos logísticos brasileiros.

Com objetivo de estreitar o relacionamento e aprofundar estudos sobre os principais terminais portuários do Brasil, também serão realizadas reuniões técnicas com representantes das empresas responsáveis pelos portos. O diretor executivo do Movimento, Edeon Vaz Ferreira, explicou que os três portos são importantes para o produtor mato-grossense e que grande parte da produção do Oeste do estado é levada para o porto de Itacoatiara.

O de Porto Velho é utilizado para movimentar a soja que é produzida em Mato Grosso e é composto por três berços que permitem a atracação de barcaças fluviais. “No porto de Porto Velho se embarca por meio de barcaças e de lá os grãos vão para os portos de Itacoatiara e Santarém”, disse Edeon Vaz Ferreira. O porto de Itacoatiara embarcou na última safra aproximadamente 4 milhões de toneladas de soja.

Com a primeira visita técnica aos portos das regiões Sul e Sudeste do país, realizada de 15 a 19 de julho, já foi possível perceber a ineficiência dos acessos aos principais portos, segundo o diretor executivo do Movimento Pró-Logística. “Notamos que alguns portos estão trabalhando no limite e que as cargas estão levando muito tempo para serem embarcadas, na maioria dos terminais”, relatou.

Segundo Vaz Ferreira, o porto de Santos (SP), responsável pelo escoamento de 58% da produção de soja e 69% do milho de Mato Grosso, não apresenta problema quanto à capacidade e instalação e trabalha com capacidade média de carregamento de 2.500 toneladas/hora. Porém, o grande problema está no acesso dos navios aos terminais e dos caminhões e trens aos portos. “Precisa se equacionar o problema de acesso”, finalizou.

Já no porto de Paranaguá, segundo maior destino da produção de Mato Grosso, foram verificados problemas na capacidade de carregamento. A média de embarque está em 700 toneladas/hora. Precisa-se dragar as bacias portuárias também para que os navios possam sair com maior volume de carga.

 

Agenda – Na segunda (29) a comitiva chegará a Porto Velho. Na terça (30) estão previstas reuniões com o gerente portuário da empresa Hermasa Navegação da Amazônia e da Cargill. Na quarta (31), será visitado o terminal Bertollini em Manaus (AM). Na quinta (1º), em Itacoatiara (AM), a equipe vai acompanhar os trabalhos do terminal da Amaggi.

O sistema portuário brasileiro é composto por 36 portos públicos, entre marítimos e fluviais. Desse total, 16 são delegados, concedidos ou tem sua operação autorizada à administração por parte dos governos estaduais e municipais. Existem ainda 42 terminais de uso privativo e três complexos portuários que operam sob concessão à iniciativa privada.